O Último Apelo
Enquanto o mundo vibra ao som de tambores de guerra, enquanto as nuvens escuras da destruição se avolumam no horizonte, há uma melodia suave que resiste ao caos. Ela vem dos corações de milhões, de todos aqueles que, de mãos vazias e olhos cheios de esperança, desejam outra coisa além da destruição. Esta é a canção da paz, um apelo desesperado para que os líderes e senhores da guerra finalmente se lembrem do que é ser humano.
A Terra, nossa casa comum, está cansada. Seus mares, florestas e montanhas clamam por descanso, por cura. Por que insistimos em feri-la com as garras da guerra? Por que entregamos o nosso futuro a armas e estratégias que só sabem devastar? O conflito entre nações pode parecer inevitável para aqueles que se deixaram cegar pela sede de poder, mas a verdade, aquela verdade que sempre foi sussurrada pelos sábios e pelos poetas, é que a paz é a única saída possível.
Olhamos para a Ucrânia, para a Rússia, para as alianças formadas pela OTAN, e o que vemos são fronteiras invisíveis, traçadas por mãos que nunca seguraram a mão de um filho que precisa de futuro, de um amigo que chora pela perda ou de um desconhecido que compartilha a mesma dor. Essas fronteiras, essas barreiras criadas por ideologias e ambições, são frágeis diante do poder transformador do amor.
E é esse amor que deve prevalecer. Senhores da guerra, senhores da destruição, o que ganharão ao final dessa batalha insana? Quando o último campo estiver queimado, quando a última cidade for transformada em pó, o que sobrará para contar sua vitória? As armas que empunham com tanto orgulho agora só sabem semear o medo, mas o medo não é eterno. O medo dá lugar ao clamor pela vida, pela reconstrução, pelo perdão.
O mundo está à beira do abismo, mas não é tarde demais. A estrada da destruição é longa, mas sempre há uma curva, uma chance de virar. A paz não é um sonho distante; ela é possível se as mãos que hoje empunham as armas forem estendidas umas às outras. Se em vez de enviar tanques, enviarmos ajuda. Se em vez de mísseis, enviarmos palavras de reconciliação.
O mundo já viu guerras demais, já perdeu muitos de seus filhos e filhas para a violência. Já caminhamos esse caminho de sangue antes, e ele nunca trouxe outra coisa senão dor. Mas a paz, aquela paz construída com compaixão, empatia e diálogo, pode erguer nações. Pode unir pessoas que antes eram divididas por ódio.
Por isso, o apelo é simples, senhores da guerra: baixem suas armas. Não se trata de rendição, mas de coragem. Coragem de olhar nos olhos do outro e enxergar nele a mesma humanidade que existe em vocês. Coragem de escolher o difícil caminho da diplomacia, da cooperação, da convivência.
Em vez de campos de batalha, que construamos jardins. Em vez de cidades em ruínas, que levantemos escolas, hospitais, centros de cultura. A paz não é o fim de uma guerra; é o início de um novo mundo, um mundo onde a vida, e não a morte, é celebrada. Um mundo onde as crianças brincam, livres do medo de uma sirene ou de um bombardeio. Onde as nações não mais competem por territórios, mas colaboram para o bem comum.
O tempo está se esgotando, mas ainda há esperança. E enquanto houver esperança, haverá aqueles que lutarão não com armas, mas com palavras, gestos e ações que promovam a fraternidade. Que os tambores de guerra sejam silenciados, e que a canção da paz ecoe, finalmente, por todo o planeta.
Este é o último apelo: que a vida vença, que a paz prevaleça.
Albert Ramos
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