Começou assim e ficou no Jornalismo Brasileiro

  A Influência Nefasta do Pai do Jornalismo Assis Chateaubriand  Aonde Seus Vícios e Maldade Impera Até Hoje na Mídia Corporativa


Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, amplamente conhecido como Assis Chateaubriand, foi uma das figuras mais controversas e influentes da mídia brasileira no século XX. Considerado o “pai do jornalismo” no Brasil, Chateaubriand fundou os Diários Associados, que se tornou um dos maiores conglomerados de comunicação da América Latina. No entanto, sua trajetória e métodos levantam questões profundas sobre os vícios, abusos e manipulações que permeiam o jornalismo até os dias atuais. A sombra de Chateaubriand, com sua postura autoritária e uso da mídia como ferramenta de interesses particulares, reflete uma herança nociva que ainda define o comportamento de muitas grandes corporações midiáticas.



  Este artigo busca analisar como as práticas sensacionalistas e manipulatórias, características de Chateaubriand, continuam a influenciar o jornalismo corporativo e até mesmo a mídia progressista. A ideia de que a mídia deve servir à sociedade e funcionar como um mecanismo de fiscalização é muitas vezes ofuscada por interesses privados e políticos, um fenômeno que tem suas raízes nas práticas desenvolvidas por Chateaubriand. Assim, a chamada "era Chatô" não apenas inaugurou um novo modelo de comunicação no Brasil, mas também consolidou a ideia de que a informação pode ser utilizada como uma moeda de troca, moldando a narrativa de acordo com interesses escusos.


A Herança Nefasta de Assis Chateaubriand


Chateaubriand não era apenas um empresário da comunicação. Ele foi um manipulador nato, que entendeu cedo o poder da imprensa como uma ferramenta para influenciar políticos, empresários e até a sociedade como um todo. Utilizava seus jornais e emissoras de rádio para promover seus aliados e destruir seus inimigos, em uma rede de favores e ataques pessoais que fazia da mídia um meio de poder pessoal. O conceito de "informação como mercadoria", onde o que se divulga ou se omite depende de quem paga mais ou oferece maiores vantagens, foi uma marca registrada de seu império midiático.


Essa postura trouxe sérias consequências para o jornalismo brasileiro, pois instaurou uma lógica de que os veículos de comunicação existem não para informar, mas para manipular a opinião pública de acordo com interesses particulares. O efeito "Chatô" transformou a mídia em um espaço onde a verdade é apenas uma ferramenta a ser usada quando conveniente. Essa mentalidade deu origem ao que muitos críticos chamam de "jornalismo de conveniência", onde a reportagem é moldada para atender interesses financeiros ou políticos, em vez de servir ao interesse público.


O Efeito Chatô na Mídia Atual


Mesmo décadas após sua morte, o legado de Chateaubriand continua presente, e seus vícios são evidentes no funcionamento de grandes conglomerados midiáticos. A mídia corporativa atual, tanto no Brasil quanto em muitos outros países, opera com base em uma narrativa pautada por interesses econômicos e políticos. As manchetes são frequentemente selecionadas de acordo com o impacto que terão no mercado, nos patrocinadores ou nas campanhas políticas, em vez de priorizarem a importância da informação para a sociedade.


Essa prática é visível tanto em veículos tidos como conservadores quanto em parte da mídia progressista, que teoricamente deveria ter uma postura mais crítica e independente. Ainda que veículos de esquerda afirmem defender os interesses das classes menos favorecidas e combater as manipulações midiáticas, o "gene" da manipulação chateaubriandiana também se faz presente. Em muitos casos, a imprensa progressista usa as mesmas táticas de sensacionalismo e distorção dos fatos para promover seus próprios interesses ideológicos, em detrimento da verdade.


O sensacionalismo, que sempre foi uma das marcas de Chateaubriand, também é uma constante. A espetacularização de crimes, escândalos políticos e dramas sociais serve para aumentar a audiência e gerar lucro, mas, muitas vezes, desinforma e manipula a percepção pública. Mais do que nunca, o jornalismo se tornou um campo de batalha onde a verdade é apenas uma peça a ser moldada conforme os interesses.


O Papel do Jornalismo: Fiscalização e Transparência


O jornalismo deveria ter como missão principal informar a sociedade, atuando como fiscalizador dos poderes e denunciando abusos. No entanto, quando o jornalismo se torna refém de interesses privados e políticos, essa função fica comprometida. A mídia deveria ser um canal independente que, em sua essência, trabalha para promover a transparência, a justiça e a verdade. Infelizmente, sob a influência do “efeito Chatô”, o que se vê são veículos que frequentemente ocultam ou distorcem informações, criando uma narrativa conveniente para A ou B.


O caso de Chateaubriand não é isolado, mas ele é um exemplo emblemático de como o jornalismo pode ser corrompido pela busca de poder e influência. A mídia que deveria denunciar os crimes e acompanhar suas apurações, muitas vezes, prefere se aliar aos criminosos, ou usa suas páginas para proteger os interesses de seus patrocinadores e aliados políticos. A independência jornalística é constantemente sacrificada em prol de vantagens pessoais e financeiras.


Conclusão


A influência nefasta de Assis Chateaubriand sobre o jornalismo brasileiro não pode ser subestimada. Ele foi o pioneiro de um modelo de comunicação onde a informação é uma ferramenta de poder e manipulação, um legado que ainda permeia grande parte da mídia contemporânea. Sejam veículos conservadores ou progressistas, muitos ainda operam sob a lógica chateaubriandiana, colocando seus interesses acima do compromisso com a verdade e com o bem-estar da sociedade.


É necessário relembrar e repensar o papel da imprensa como guardiã da democracia e da justiça. A sociedade precisa exigir um jornalismo mais independente, transparente e comprometido com a verdade. Apenas assim será possível superar o efeito "Chatô" e construir um futuro onde a informação sirva, de fato, ao interesse público.

Abert Ramos


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Referências 


1. Morais, F. (1994). Chatô: O Rei do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.  

2. Barata, F. (2005). "A Trajetória de Assis Chateaubriand e o Poder da Imprensa". Revista Brasileira de História da Mídia, 2(1), 45-60.  

3. Tavares, M. (2018). "Jornalismo de Conveniência: A Herança de Assis Chateaubriand na Mídia Contemporânea". Revista Comunicação e Sociedade, 40(2), 32-48.  

4. Souza, P. (2021). "Manipulação Midiática: Os Caminhos da Informação no Brasil". Jornalismo e Poder, 15(3), 55-70.


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